segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Agradar

É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens (At 5,29b)

Em 1940, Aristides de Sousa Mendes era cônsul de Portugal em Borswux, na França. Um dia conheceu um dia conheceu um rabino (judeu) queria um visto para emigrar com sua família para Portugal. Ele avisou ao cônsul que a vida de todos os judeus estava em risco, pois o nazismo avançava. O governo português decidiu que não podiam ser concedidos vistos e refugiados sem consulta prévia. E agora, a quem Sousa Mendes obedeceria? Ao governo de seu país, do qual era representante, ou a sua consciência?
Em 16 de junho decidiu conceder vistos sem distinção de nacionalidade, raça ou religião. "Só agindo dessa forma, seguindo a minha consciência, serei digno da minha fé de cristão", disse. Em poucos dias, estima-se que ele concedeu 30 mil vistos! Foi delatado e perdeu seu cargo. No dia 30 de junho, os nazistas chegaram aquela cidade. Em sua defesa, Sousa Mendes disse:"Meu desejo é mais estar com Deus contra o homem do que com o homem contra Deus".
Buscar a aprovação de Deus é a melhor escolha que podemos fazer, mesmo que as consequências sejam duras. Sousa Mendes e seus familiares não conseguiram emprego e foram perseguidos pelo governo. Ele morreu miserável e só foi reabilitado em seu país 34 anos depois, em 1988. Será que ele se arrependeu de sua escolha? Conforme seu neto, Sousa Mendes viveu em paz de consciência, apesar de todas as injustiças que sofreu. No museu Yad Vashem, em Jerusalém, há uma árvore plantada em dua honra e também uma medalha com a inscrição:"Quem salva uma vida, salva a Humanidade".
Quando você toma uma decisão, busca agradar a Deus, aos outros ou a você mesmo? Quanto vale uma consciência tranquila? A decisão de Sousa Mendes representou o fim de sua carreira diplomática e o início de muitos problemas para sua família, mas os milhares de vistos concedidos levaram as vidas que ele pôde salvar do Holocausto.

"QUEM PERDER A SUA VIDA POR MINHA CAUSA A ENCONTRARÁ", DISSE JESUS.