sexta-feira, 5 de julho de 2013

Ser humilde é ser Santo



Para fazer a vontade de Deus é preciso, antes de tudo, ser humilde, "pobre de espírito" como pediu Jesus. 
A Igreja, sempre iluminada e assistida pelo Espírito Santo, em sua experiência bimilenar, nos ensina que os piores pecados são aqueles chamados por ela de "capitais". "Capital" vem do latim "caput", que quer dizer "cabeça". São pecados "cabeças", isto é, que geram muitos outros. Por isso eles sempre mereceram, por parte da Igreja, uma atenção especial. São sete: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça.

Houve um santo que disse que, se a cada ano, vencêssemos um desses sete pecados, ao fim de sete anos, seríamos santos. Portanto, vale a pena refletir sobre eles, a fim de rejeitá-los, com o auxílio da graça de Deus e de nossa vontade. O primeiro, e sem dúvida o pior de todos, é a soberba. É o pior porque foi exatamente o que levou os anjos maus a se rebelarem contra Deus, e levou Adão e Eva à desobediência mortal.

A soberba consiste na pessoa sentir-se como se fosse a geradora dos seus próprios bens materiais e espirituais. O soberbo se esquece de que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e chamado de Deus, e que, portanto, d'Ele depende em tudo. Como disse santa Catarina de Sena, esse pecado "rouba a glória de Deus", pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem somente ao Senhor, já que Ele é o autor de toda graça.
A soberba é o oposto da humildade, palavra que vem de "humus", daquilo que se acha na terra, pó. O humilde é aquele que reconhece o seu "nada". Pela humildade e pela humilhação Jesus se tornou o "novo Adão" que salvou o mundo (cf. Rm 5,12s). A Santíssima Virgem Maria, a Mãe do Senhor, tornou-se a "nova Eva", como ensina a Igreja, porque na sua humildade destruiu os laços da soberba da primeira virgem. Ela disse: "Ele olhou para a humildade de sua serva" (Lc 1,39).
São João Batista também foi modelo dessa virtude [humildade] e nos ensinou a sua essência ao falar de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Importa que Ele cresça e que eu diminua!" (Jo 3,30). Isso diz tudo. Quando Cristo iniciou a vida pública, João o apresentou para o povo: "Eis o Cordeiro de Deus" e desapareceu, até ser martirizado no cárcere de Herodes. Que lição de humildade! Também Nossa Senhora, sendo, "a Mãe do Senhor" (cf. Lc 2,43), fez-se "a escrava do Senhor" (cf. Lc 1,38).
Muitos cristãos são cheios de boas virtudes, mas, infelizmente, tornam-se "inchados", pensando infantilmente que essas boas virtudes são méritos próprios e não graças de Deus, para serviço dos outros.
Ser humilde é ser santo, é viver o oposto de tudo isso: é saber descer do pedestal, é não se autoadorar, é preferir fazer a vontade dos outros à própria, é ser silencioso, discreto, escondido, é fugir das pompas e dos aplausos.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: www.cancaonova.com

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Castidade

Como crescer na virtude da castidade de modo a vivê-la habitualmente e com alegria?




A castidade é um fruto do Espírito Santo, e só se obtém com esforço e uma oração constante. Os frutos de uma árvore aparecem depois das folhas e das flores, e o mesmo acontece com os frutos do Espírito Santo. Exigem um cuidadoso cultivo com a ajuda da graça de Deus. Para começar a viver castamente, requer-se uma profunda vida interior. Quinze minutos de meditação diária, mais a assistência frequente à Missa e a recepção dos sacramentos, são fundamentais para todo aquele que deseje viver essa virtude.

Extraído do livro “Namoro Cristão em um mundo supersexualizado” - Pe. Thomas Morrow

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Opções

Mantenham-se firmes na fé, e que nada os abale (1Co 15,58)



O peixe vive no mar, mas não fica salgado por causa disso. Da mesma forma, o mundo corrupto não precisa corromper nossa fé, se assim decidirmos. Podemos conhecer outras culturas, estilos musicais, filosofias e ciências e ter relacionamentos com pessoas que não compartilham a fé em Cristo. É até saudável compreender o contexto em que vivemos ao invés de buscar o isolamento com a desculpa de ser "diferente".
Ser Cristão num mundo sem Deus não é fácil, mas isso não precisa abalar nossa fé. Precisamos examinar tudo e reter apenas o que é bom, afastando-nos de toda a força do mal.
Que nossa fé seja firme o suficiente para que nada abale nossa confiança no Senhor e não nos envolvamos com nada que o desagrade.

SEGUIR JESUS NÃO É SER ARRASTADO, MAS CAMINHAR LIVREMENTE POR ONDE ELE CONDUZIR

quinta-feira, 7 de março de 2013

"Eu" amo!

Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lc 10,27)



O amor é um mandamento antigo. Deus dá ao seu povo algumas instruções com a intenção
de preservar a vida alheia. Mas a base para o cumprimento desses mandamentos é o amor.
O amor sempre foi e será o motivo e o meio para cumprir qualquer mandamento de Deus.
Mas por que o amor teve de ser ordenado, se todos nós queremos ser amados?
Por que este é o problema, nós desejamos ser amados, mas não estamos dispostos a amar.
Deus deixou o amor como um mandamento por que nem sempre amar é a nossa primeira opção.
Infelizmente até mesmo para com aqueles que declaramos amar.
Complicado mesmo é mostrar amor por um desconhecido. Aliás, geralmente o que mais acontece
é o "eu" prevalecer: eu me amo, eu preciso fazer a minha vontade, eu tenho as minhas necessidades.
Olhamos tanto para aquilo que nos falta e acabamos esquecendo de olhar para aquilo que os outros precisam.
Da mesma maneira que eu penso em minhas necessidades, devo pensar nas dos outros. Assim como eu gosto de
ser respeitado, devo tratar os outros com dignidade. Como eu gosto de ser amado, devo aprender a amar o meu
próximo. Deus se preocupa com todos nós e por isso nos ensinou o amor mútuo, para que cuidemos uns dos outros.
Jesus Cristo deixou um novo mandamento: devemos amar uns aos outros como ele nos amou (Jo 13.34).
Mas o amor não é um mandamento antigo? Sim, mas em Jesus Cristo tudo se fez novo, inclusive na maneira de amar.
Agora, Jesus é o modelo de amor que se entrega ao outro sem esperar nada em troca.

DEUS, EU MESMO E O MEU PRÓXIMO FORMAM O TRIPÉ QUE MANTÉM O AMOR FIRME EM POSIÇÃO.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Profanação

Não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo impuro. Ao contrário, o que sai do homem é que o torna impuro (Mc 7,15)



"Profanação" é uma palavra assustadora. Deve ser algo terrível, e pode ser mesmo. Profano é o oposto de "Santo", o que, por sua vez, significa tudo o que é dedicado a Deus. Assim, profanar é o mesmo que tirar algo de Deus e usá-lo para outro fim. Não deixa de ser uma espécie de furto.
Em uma passagem de Daniel, diz que o rei Balsazar profana as taças sagradas que os babilônicos trouxeram do templo de Deus em Jerusalém para usá-las numa orgia dedicada ao seus ídolos. Declara assim seu desprezo pelo Deus vivo. Logo em seguida aparece aquela aterradora visão da mão escrevendo na parede, que condena Balsazar, e na mesma noite este é morte e seu reino é conquistado pelos persas. É fácil ler essa história com uma certa satisfação pelo castigo exemplar aplicado aquele rei tão depravado em sua arrogância e imoralidade. Merecido e bem feito, é isso que gostaríamos que acontecesse a todos aqueles que...
Todos aqueles quem???
É certo que aquela farra de Balsazar foi uma ofensa a Deus e que o comportamento dele foi grosseiro, mas tais coisas não acontecem de repente, do nada. A bíblia nos ensina que, quando alguém profana sua própria vida, desprezando Deus com insistência, chega a um "ponto sem retorno" em que Deus o entrega as suas consequências, como Balsazar.
Se você não chegou a tanto, melhor. Mas pode estar a caminho. E para evitar essa tragédia, Deus entregou seu próprio filho em nosso lugar. Melhor que a arrogância que condena Belsazar só por que ele foi mais longe que nós, é arrependermos e "desprofanar" nossa vida, devolvendo-a a Deus por intermédio de Jesus.

PROFANAÇÃO É QUEBRAR A VIDA PARA VER COMO FICA. O ESTRAGO NÃO COMPENSA.

Posso

“Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. (1 Co 10,23)



Antigamente o relacionamento com Deus se baseava no cumprimento de leis, ritos e mandamentos, mas após Jesus ter concluído sua obra entramos em um novo tipo de relacionamento com o Eterno, que se baseia nos méritos de Cristo.
A submissão da nossa vida a Cristo que chamamos de “conversão”, gera em nós uma nova vida, uma nova natureza não mais inclinada às obras “da carne”, da nossa velha natureza humana. Ora, se um rato se transformasse numa águia, seria de se esperar que quisesse voar: ninguém vai precisar cobrar dele que voe. Contudo,são poucas pessoas que professam Jesus como seu Senhor e declaram ter uma nova natureza, vivendo com muitas regras, uma lista de proibições, obrigações, ritos, contribuições, achando que se obedecerem serão abençoadas e, se não o fizerem, serão castigadas. Toda via, o sangue de Jesus Cristo é suficiente para aniquilar todo e qualquer pecado, e a bondade e a misericórdia de Deus para conosco só dependem da sua graça. Logo, posso tudo e não preciso cumprir obrigação religiosa nenhuma.
É claro que, ao dizermos isso, alguém pode entender que “liberou geral”,(mesmo por que existe gente que só precisa de uma desculpa). Entretanto, a questão não é algo ser ou não permitido, mas o que é adequado a nova natureza em Cristo.
Se sou daqueles que olham para o mundo desejando fazer o mesmo que os outros mas me seguro “por causa da religião”, melhor seria que fosse logo participar a vontade e deixasse de enganar a mim mesmo, pois viver dentro de um determinado figurino comportamental não significa nada se meu coração não tiver novos anseios de crescer como imitador de Cristo, de edificar-me.
A liberdade na aliança com o Pai, longe de me liberar para a libertinagem, abriu-me nova perspectiva de vida, na qual o prazer imediato a qualquer custo sai de foco por causa do anseio maior de ser como Cristo. Posso tudo, mas prefiro o que me edifica.


SER LIVRE É FAZER TUDO, MAS PODER ESCOLHER O QUE CONVÉM.