quinta-feira, 7 de março de 2013

"Eu" amo!

Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lc 10,27)



O amor é um mandamento antigo. Deus dá ao seu povo algumas instruções com a intenção
de preservar a vida alheia. Mas a base para o cumprimento desses mandamentos é o amor.
O amor sempre foi e será o motivo e o meio para cumprir qualquer mandamento de Deus.
Mas por que o amor teve de ser ordenado, se todos nós queremos ser amados?
Por que este é o problema, nós desejamos ser amados, mas não estamos dispostos a amar.
Deus deixou o amor como um mandamento por que nem sempre amar é a nossa primeira opção.
Infelizmente até mesmo para com aqueles que declaramos amar.
Complicado mesmo é mostrar amor por um desconhecido. Aliás, geralmente o que mais acontece
é o "eu" prevalecer: eu me amo, eu preciso fazer a minha vontade, eu tenho as minhas necessidades.
Olhamos tanto para aquilo que nos falta e acabamos esquecendo de olhar para aquilo que os outros precisam.
Da mesma maneira que eu penso em minhas necessidades, devo pensar nas dos outros. Assim como eu gosto de
ser respeitado, devo tratar os outros com dignidade. Como eu gosto de ser amado, devo aprender a amar o meu
próximo. Deus se preocupa com todos nós e por isso nos ensinou o amor mútuo, para que cuidemos uns dos outros.
Jesus Cristo deixou um novo mandamento: devemos amar uns aos outros como ele nos amou (Jo 13.34).
Mas o amor não é um mandamento antigo? Sim, mas em Jesus Cristo tudo se fez novo, inclusive na maneira de amar.
Agora, Jesus é o modelo de amor que se entrega ao outro sem esperar nada em troca.

DEUS, EU MESMO E O MEU PRÓXIMO FORMAM O TRIPÉ QUE MANTÉM O AMOR FIRME EM POSIÇÃO.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Profanação

Não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo impuro. Ao contrário, o que sai do homem é que o torna impuro (Mc 7,15)



"Profanação" é uma palavra assustadora. Deve ser algo terrível, e pode ser mesmo. Profano é o oposto de "Santo", o que, por sua vez, significa tudo o que é dedicado a Deus. Assim, profanar é o mesmo que tirar algo de Deus e usá-lo para outro fim. Não deixa de ser uma espécie de furto.
Em uma passagem de Daniel, diz que o rei Balsazar profana as taças sagradas que os babilônicos trouxeram do templo de Deus em Jerusalém para usá-las numa orgia dedicada ao seus ídolos. Declara assim seu desprezo pelo Deus vivo. Logo em seguida aparece aquela aterradora visão da mão escrevendo na parede, que condena Balsazar, e na mesma noite este é morte e seu reino é conquistado pelos persas. É fácil ler essa história com uma certa satisfação pelo castigo exemplar aplicado aquele rei tão depravado em sua arrogância e imoralidade. Merecido e bem feito, é isso que gostaríamos que acontecesse a todos aqueles que...
Todos aqueles quem???
É certo que aquela farra de Balsazar foi uma ofensa a Deus e que o comportamento dele foi grosseiro, mas tais coisas não acontecem de repente, do nada. A bíblia nos ensina que, quando alguém profana sua própria vida, desprezando Deus com insistência, chega a um "ponto sem retorno" em que Deus o entrega as suas consequências, como Balsazar.
Se você não chegou a tanto, melhor. Mas pode estar a caminho. E para evitar essa tragédia, Deus entregou seu próprio filho em nosso lugar. Melhor que a arrogância que condena Belsazar só por que ele foi mais longe que nós, é arrependermos e "desprofanar" nossa vida, devolvendo-a a Deus por intermédio de Jesus.

PROFANAÇÃO É QUEBRAR A VIDA PARA VER COMO FICA. O ESTRAGO NÃO COMPENSA.

Posso

“Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. (1 Co 10,23)



Antigamente o relacionamento com Deus se baseava no cumprimento de leis, ritos e mandamentos, mas após Jesus ter concluído sua obra entramos em um novo tipo de relacionamento com o Eterno, que se baseia nos méritos de Cristo.
A submissão da nossa vida a Cristo que chamamos de “conversão”, gera em nós uma nova vida, uma nova natureza não mais inclinada às obras “da carne”, da nossa velha natureza humana. Ora, se um rato se transformasse numa águia, seria de se esperar que quisesse voar: ninguém vai precisar cobrar dele que voe. Contudo,são poucas pessoas que professam Jesus como seu Senhor e declaram ter uma nova natureza, vivendo com muitas regras, uma lista de proibições, obrigações, ritos, contribuições, achando que se obedecerem serão abençoadas e, se não o fizerem, serão castigadas. Toda via, o sangue de Jesus Cristo é suficiente para aniquilar todo e qualquer pecado, e a bondade e a misericórdia de Deus para conosco só dependem da sua graça. Logo, posso tudo e não preciso cumprir obrigação religiosa nenhuma.
É claro que, ao dizermos isso, alguém pode entender que “liberou geral”,(mesmo por que existe gente que só precisa de uma desculpa). Entretanto, a questão não é algo ser ou não permitido, mas o que é adequado a nova natureza em Cristo.
Se sou daqueles que olham para o mundo desejando fazer o mesmo que os outros mas me seguro “por causa da religião”, melhor seria que fosse logo participar a vontade e deixasse de enganar a mim mesmo, pois viver dentro de um determinado figurino comportamental não significa nada se meu coração não tiver novos anseios de crescer como imitador de Cristo, de edificar-me.
A liberdade na aliança com o Pai, longe de me liberar para a libertinagem, abriu-me nova perspectiva de vida, na qual o prazer imediato a qualquer custo sai de foco por causa do anseio maior de ser como Cristo. Posso tudo, mas prefiro o que me edifica.


SER LIVRE É FAZER TUDO, MAS PODER ESCOLHER O QUE CONVÉM.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Eu! Eu?

Acima de tudo...revistam-se do amor, que é o elo perfeito (Cl 3,14)



Fala-se muito hoje sobre o pós-modernismo, um modo de vida que gira principalmente em torno do indivíduo. A ideia é cada um viver do jeito que gosta; interferir na vida do outro ofende ou "invade a privacidade", até se obter o contrário da intenção: de tanto levar em conta as demandas do outro, precisamos renunciar as nossas próprias, e aí todos acabam insatisfeitos e se combatendo. O resultado, péssimo, chama-se isolamento ou solidão. Cada vez mais as pessoas vivem sozinhas, há uma forte tendência de desmanche das famílias e, de tanto sermos "respeitados", acabamos abandonados.
Felizmente, porém, existe uma excelente alternativa: a comunhão ou fraternidade cristã.
A palavra "igreja" não ajuda muito para entender como isso funciona; ela vem carregada, ela vem carregada de uma porção de noções que não têm nada a ver com o que nos interessa. Então a palavra mais indicada para esta situação é "comunidade".
Diferentemente de uma associação ou um clube, que reúne gente com interesses comuns, uma comunidade cristã une pessoas apenas por meio do amor que o próprio Deus planta nelas quando lhe entregam o comando da sua vida. Ela preserva todos os diferentes jeitos e a privacidade dos seus membros, mas não os deixa isolados: em vez de só tentar não incomodar o outro, trata de fazer-lhe bem. Pode-se assim corrigir ou ajudar alguém a defender sua dignidade, por que todos sabem que o motivo é o amor de Deus, que se expressa em qualidades como humildade, gentileza e disposição de sacrifício em benefício alheio.
Se você não conhece a experiência de uma comunhão desse tipo, que você possa de fato encontrar. Isto não é apenas um belo sonho, mas de sólida realidade. Vale a pena procurá-la e descobrir como se pode viver muito mais contente neste mundo pós-moderno tão frio.

JUNTO COM A PALAVRA DE DEUS E A ORAÇÃO, A COMUNIDADE FORMA O TRIPÉ QUE SUSTENTA A VIDA ESPIRITUAL.