quarta-feira, 6 de março de 2013

Posso

“Tudo é permitido”, mas nem tudo convém. (1 Co 10,23)



Antigamente o relacionamento com Deus se baseava no cumprimento de leis, ritos e mandamentos, mas após Jesus ter concluído sua obra entramos em um novo tipo de relacionamento com o Eterno, que se baseia nos méritos de Cristo.
A submissão da nossa vida a Cristo que chamamos de “conversão”, gera em nós uma nova vida, uma nova natureza não mais inclinada às obras “da carne”, da nossa velha natureza humana. Ora, se um rato se transformasse numa águia, seria de se esperar que quisesse voar: ninguém vai precisar cobrar dele que voe. Contudo,são poucas pessoas que professam Jesus como seu Senhor e declaram ter uma nova natureza, vivendo com muitas regras, uma lista de proibições, obrigações, ritos, contribuições, achando que se obedecerem serão abençoadas e, se não o fizerem, serão castigadas. Toda via, o sangue de Jesus Cristo é suficiente para aniquilar todo e qualquer pecado, e a bondade e a misericórdia de Deus para conosco só dependem da sua graça. Logo, posso tudo e não preciso cumprir obrigação religiosa nenhuma.
É claro que, ao dizermos isso, alguém pode entender que “liberou geral”,(mesmo por que existe gente que só precisa de uma desculpa). Entretanto, a questão não é algo ser ou não permitido, mas o que é adequado a nova natureza em Cristo.
Se sou daqueles que olham para o mundo desejando fazer o mesmo que os outros mas me seguro “por causa da religião”, melhor seria que fosse logo participar a vontade e deixasse de enganar a mim mesmo, pois viver dentro de um determinado figurino comportamental não significa nada se meu coração não tiver novos anseios de crescer como imitador de Cristo, de edificar-me.
A liberdade na aliança com o Pai, longe de me liberar para a libertinagem, abriu-me nova perspectiva de vida, na qual o prazer imediato a qualquer custo sai de foco por causa do anseio maior de ser como Cristo. Posso tudo, mas prefiro o que me edifica.


SER LIVRE É FAZER TUDO, MAS PODER ESCOLHER O QUE CONVÉM.